MEMÓRIA APAIXONA
Vivo nós todos os dias, E não foram esses tantos dias, Tantos invernos e verão que se passaram, Que me fez ou faz me distanciar um minuto.
Nem sempre estou assim, Nem sempre me regozijo na saudade, Só quando lembro do teu cheiro adocicado, E assisto nas paredes a imagem dos teus cabelos.
Só quando a memória se esmera, E me traz o sabor da tua boca e me embebedo, Faz-me rever teu rosto lindo, desenho de sonhos, E sinto o roçar da tua pele em mim e me arrepio.
E quando a memória branqueia, Todas as cores são cinzas sopradas no tempo, E os momentos passam desapercebidos, sem graça, Sem beira, sem motivos, sem eira nem razão.
E rogo que a memória me permita, Voltar a lembrar tudo de ti, de nós, Fazendo os dias bem mais afortunados, Pelo menos ao meu saudoso coração amante.
Eacoelho
Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 01/04/2022
Alterado em 01/04/2022 |