NA GARUPA DO VENTO
Por vezes fantasio, Embarcar na garupa do vento, Viajar ao longo de remoto tempo, Rever pedaços da vida e me regozijar. Quem sabe me rever menino, Jogando peca em rodas feita nas estradas, A escola primária, as folias no recreio, A professora enérgica e as temidas provas orais. Rever-me adolescendo, os flertes, as fantasias, Reviver vivamente os sonhos de paixões cinematográficas, Deslumbrando o futuro, assemelhado ao meu presente, E a vida correndo, literalmente. Lembranças adoçando o entardecer da vida, Uma vontade danada de viver tudo de novo, E esse vento brando, impertinente, a me instigar, A me levar e me conduzir aos entremeios da saudade. Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 16/09/2016
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