ENTRE PÁGINAS E LENÇOIS
Um pouco poeta, outro pouco vagabundo, Numa mescla ao gosto das amantes fortuitas, Cada uma dosando segundo seus regalos, Pois a mim não importa, sou ambos intensamente. O poeta bole o ego, o âmago, o coração, O vagabundo remexe os instintos, a pele, o pecado reprimido, Entre palavras, gemidos e mãos que se atrevem a tudo, Passeio e me embebedo com fartos goles de poesia e gozo. Lanço pétalas aveludadas donde exalam sublime querer, Dos espinhos que restam arranho a carne atiçando o viço, Paixão desenfreada percorre o quarto e se recolhe aos lençóis, Enquanto a poesia simplesmente cala esperando o depois. Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 15/09/2015
Alterado em 16/09/2015 |