A FINIDADE DA VIDA
Hoje lembrei que a vida é finita, Angustiei-me concluindo que a minha também, Que preciso contar meus dias regressivamente, Que cada dia que passa é um a menos que passarei. Calculei quanto ainda tenho por viver, A matemática e as estatísticas foram-me carrascos, E me surpreendi sentindo uma tristeza desconhecida, Senti aromas melancólicos, cores cinzentas, fantasias pálidas. Relembrei que a vida é finita – definitivamente, Recalculei o percurso do meu porvir, Comparei com o caminho já percorrido, E concluí que já não preciso de pressa. Embebedei meus sonhos a toda saudade acumulada, Rebusquei o tempo perdido em tantos recomeços, Rememorei os dias que perdi em dúvidas infindas, E concluí que preciso economizar meus dias seguintes. É verdade – a vida é finita sim, Bem ao contrário das minhas vontades, Oposto dos meus sonhos e devaneios, Fazendo os dias que a matemática ainda me permite, A soma dos tantos sonhos coloridos em devaneios. Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 27/03/2013
Alterado em 05/04/2013 |