PERDÃO
Enquanto caminha a passos lentos, A memória rebusca os tantos erros, As pedras atiradas na própria cabeça, As feridas dos erros nas escolhas, Que sangra, ainda sangra e dói. Quis ser feliz, precisou ser feliz, E buscou, garimpou, escolheu, optou, Errou, retomou, errou novamente, E insistiu e sofreu, vacilou, perdeu, Retornou às encruzilhadas, recuou. Enquanto caminha, revê tantos erros, Um mesmo erro, conclui sem convicção. Optou por tantos, muito menos por si, Acovardou-se diante das cobranças, Fantasmas que lhe exigiam mares, infindos, Responsabilidades assumidas gratuitamente, E a história cobra pelo que pagou e não recebeu. Enquanto caminha roga perdão, Pelos erros cometidos consigo, Pelo quanto esmurrou a própria cara, Pelo tanto que preteriu a si e suas vontades, Pela felicidade alheia, que sempre via no espelho. Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 13/01/2012
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