LUSCO-FUSCO
Alguns momentos me elevam, Vejo-me às alturas, vagando simplesmente, Pensamentos absoltos na infinidade absoluta, Cientes da minúscula e insignificante figura que sou. Fatores naturais que me faz reflexivo, O vento saído do nada e se esvaindo em nada, A chuva se fazendo nessa saga contínua da física, O sol chegando e se indo com as horas marcadas, E a lua embalando fantasias e decorando as noites. O panorama urbano com vidas indo e vindo em frenesi, Silêncio profano dos sepulcros, guardando restos de sagas, O ancião caminhando lento, carregando o peso do saber, Mendigo largado sob as marquises, alheio ao futuro, Realidades construídas às avessas da mãe natureza. O deslumbre absoluto e o prazer de viver, Quando não penso, não tenho passado nem futuro, É quando assisto o anoitecer olhando os campos, Lombas ao longe, sombreadas pelo sol que se esconde, A lua já impondo brilho nas pradarias verdes, As luzes pintadas da vermelhidão dos últimos raios, E uma árvore solitária se impõe em meio a paisagem. Este o poema mais lírico e belo que a natureza descreve. Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 06/01/2012
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