PARA SEMPRE
Queria te falar dos nossos tempos idos, Das brincadeiras de rua, do recreio na escola, Você sempre meu par, sempre minha companhia. Vi-a você crescer, menina virando mulher, Eu também ia ficando homem, cada vez mais teu. Aprendi a beijar contigo e te ensinei, Até passei a gostar de valsa, nos teus 15 anos, E via a vida correndo e meus planos eram os teus. Nascidos um para o outro, diziam em burburinhos, E eu me envaidecia e queria mais, até morrer juntos, Já velhinhos, para não permitir nenhuma solidão. Destinos traçados, ou circunstâncias perversas, As estrelas descuidadas dividiram nosso caminho, Você voando noutro céu e eu sempre olhando a lua, Buscando sinais, um aviso, um relâmpago, uma luz. Mundos diversos, lidas distantes, Lembranças tantas, tão semelhantes, Imagens guardadas nas gavetas da memória, Buscadas e revistas nos momentos de solidão. Não posso viver a saudade, não quero ser triste, Tanta ventura já vivi, quanta história já construístes, Mas trocando em miúdos, compus esses versos, Só para dizer que nunca – nunca - te esqueci. Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 28/12/2011
Alterado em 30/12/2011 |