CHUVA E CHEIA
O céu negro, ventos vindos do sul, Águas descendo às ribanceiras, Carregando terra a caminho do rio. O rio cresce, toldado, revoltado, Levando lixo, nicho do descuido, Formando correnteza, irado, Corações aflitos olhando, olhando... A senhora, da janela, olha o rio, O homem preocupado olha o céu, O menino continua brincando na rua, Que a água já lambe fazendo ameaça. É a natureza que chora, em prantos, Qual toda gente correndo das lágrimas, Inundando resultados de sonho e labuta. Uns teimam na vigília das águas, Outros abandonam seu pedaço da vida, Olhando em pranto a invasão das águas. O céu continua cinzento, Despencando em pancadas lentas, Olhos tristes continuam olham o rio, Corações rezando silenciosamente, Rogando a luz do sol escondido há dias. Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 18/12/2011
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