DO CONTRA
Visto-me ao avesso da lógica, Vista de quem nada contra a maré, Dos mares de lama do poder. Sento-me de costas para hipocrisia, E me nego ao estímulo da propaganda, Que pulveriza maldade sobre a crença, Dos pobres espíritos obedientes e servis. Sigo sentido contrário à massa em manobra, Cuspindo meus marimbondos em vômitos, Tentando sujar as batutas do domínio vil, A serviço da tirania gananciosa do mando, Sob o comando conquistado em assaltos, Que a história esfrega em nossos narizes. Fracos e pobres são os que seguem a corrente, Mesmo cientes do abismo que os espera no amanhã, Que não relutam, dançando sempre a mesma música, Orquestrada pelos interesses da minoria sórdida, Nessa desinformação besta que dispersa a maioria, Obcecada pelos medos que cegam a evidência matemática. Sou do contra sim, Sempre a favor da lógica, Das correntes advindas do justo, Conclusão da semelhança humana, E deturpada pela tirania dos mais fortes. Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 18/11/2011
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