EMBATE
Jogo com as cartas da vida, Sobre a mesa servida de viver, Minhas fichas são meus princípios, Meu jogo não tem mangas; é franco, Meu ganho é sobrepujar a mesquinharia. Aposto alto, além da compreensão, As bestas sempre vangloriam vitórias, Saem sempre com as algibeiras repletas, E a consciência ainda mais pesada, O coração ainda mais petrificado, E mais glórias para se arrependerem. Os avarentos jamais perdem comigo, E eu os ganho em todo embate travado, É que nossas moedas são avessas; Refuto o brilho do ouro que os fascina, E me farto do que reluz do caráter límpido. Tolo quem se refugia na soberba, De encher algibeira no garimpo alheio, Prefiro a sabedoria que me é cedida, O ensinamento que empresto no jogo, Das cartas marcadas pela vida que levo, Sobre o feltro que verdeia meu caminho. Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 18/08/2011
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