SOLIDÃO
Não gosto da solidão, Desprezo meu mundo calado, Renego o silêncio tomando forma, Tomando corpo e abraçando meus momentos. Mesmo que o silêncio seja sábio, Prefiro a ignorância das palavras, Que seja um olhar de cumplicidade, Para quebrar a inércia do vazio ardido. Meus pensamentos ecoam no tempo, Retornam e me cobram respostas quaisquer, Trazendo todas as dúvidas martelando a estima, Maltratando meu coração, que assim chora sozinho. Prefiro vozes em burburinhos, Quero o calor das presenças me atiçando, Bem melhor o olhar de meu amor me amando, Mesmo sem palavras afugenta o ermo, que dói tanto. Queria ouvir tuas gargalhadas, Passeando ao redor dos meus desejos, Instigando minha libido, fazendo-me vivo, Sem esse medo atroz do silêncio me atormentando. Não quero a solidão, Auguro uma só presença, Que me socorra desse sossego exagerado, Muito melhor seria a tua enlevada companhia. Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 08/06/2011
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