AFLIÇÃO
O que mais pode traduzir a sabedoria, Que não o domínio sereno da aflição, Retendo as angústias das incertezas, Conformando-se com a vida ao redor. Conformismo pelo conhecimento de si, Mesmo antes do saber da ignorância alheia, Ciente das suas vontades e possibilidades, Sem sofrer com desgraças imagináveis, Fruto da aflição que geram infinitas dúvidas. Sábio equilíbrio de quem não se conflita, Refutando seu próprio ser e seu pensar, Mistificando as conclusões em dores, Sangrando a própria carne em flagelo, Fazendo a auto-estima rastejar escombros. Sábio quem não se ignora em delírio, Temendo até seus próprios medos imbecis, Fazendo-se servil dos conflitos intermináveis, Sem fazer emergir a estima que merece, Que seja pela sua simples e sábia vivência. Sábio quem se conhece e se respeita, Fazendo do seu viver sua enciclopédia, Apaziguando sua alma quando aflita, Rebuscando seus próprios valores, Na sábia forma de se querer e se gostar. Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 07/06/2011
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