DESPEDIDA
Todos os sonhos se perderam, Sucumbiu a ilusão esparramada, Sumiu o norte da vida toda, E eu me perdi com os sonhos. Quando ouvi dentre teus lábios, Que tudo acabou assim em nada, Nada senti ao te ver se ir devagar, Que não fosse o chão desmoronar. Silêncio absoluto e você se afastando, Não tinha vento, não tinha sol, nem estrelas, Nada existia, até o ar me faltou, Perplexidade no coração e na alma. Parou o tempo, o mundo, a vida, Paralisaram os pensamentos, até o querer, Calaram-se os desejos, até as quimeras, A tristeza tomou corpo e o meu corpo todo. Resta-me deixar a vida e o tempo correr, Com as forças que restam dos astros, As minhas me abandoaram, seguindo teus passos, Fica a esperança de que voltem no amanhã. Hoje fico assim paralisado, Remoendo só o que vivemos, Alimentando-me do que fomos, Tentando reconstruir esperanças, Ainda despidas de ilusões. Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 06/02/2011
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