DESEJO
Amor sublime que flecha a alma, Que supre o sonho da companhia, Do desejo de viver a dois toda poesia, De dar e receber, exercício que acalma. Mas se a sede do corpo não é suprida, Se o sentido da vida também não é completo, A sede do desejo ainda lateja no corpo repleto, Vai corroendo o sonho e formando ferida. O coração e a alma se suprem de quimeras, O corpo e o instinto de paixão, volúpia e desejos, Para a alma bastam afagos, abraços e beijos, Enquanto o instinto quer bem mais que primaveras. Coração e instinto em febre de querer, Buscam infinitamente a lascívia do desejo, Da poesia mesclada de luxúria e mero beijo, Da carne carente, que aceita até se dar sem ter. Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 01/02/2011
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