INDECISÕES
Todas as vezes que escuto o silêncio, Volto-me para o meu imenso pensar, E curvo-me à reflexão dos meus feitos, Nessa gangorra entre o certo e o errado, Equilibro da minha sã consciência. Difícil é distinguir o certo do errado, Quando vontade e dever se dividem, Se melhor ouvir os berros do querer, Se salutar escutar o grito da obrigação, Melhor seria descer o muro das sentenças. O silêncio sempre me aconselha, Meu travesseiro sempre me corrige, O instinto me indica caminhos, Minha história regula a bússola, Em decisões partilhadas e incertas. E assim meu destino vai se fazendo, Conseqüência do pêndulo da balança, Que pende segundo as coincidências, Ou a pressão do peso dos argumentos, Independentes da minha nua vontade. E insistimos em dizer donos do nariz, Insisto ignorante a vangloriar o arbítrio, Se o silêncio me conduz às dúvidas, Se o travesseiro me induz a história, Se eles acabam decidindo por mim. Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 28/11/2010
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