VELAS ROTAS
Ela fingia vestir a verdade Para se mostrar a mim formosa, E eu jogava as mesmas cartas, Vendo cores transparentes. Apostas altas correndo, Nas mesas dos nossos dias, Viciando nossa vida ludibriada, Nesse jogo simulado de agrados. Mágoas remoendo a solidão, Verdades traiçoeiras contidas, Futuro a mercê dos ventos e da sorte, Presente encardido pelas velas rotas do tempo. Quantos mares velejados, Brisas, águas e ondas correndo mundo, Tantas belezas nas paisagens ignoradas, E nós tapando o sol com as mãos e o ânimo. Caminhos paralelos forjados na mesmice, Sentidos dispersos nos intuitos ímpares, Semelhanças postiças, maquiagens estúpidas, Pobre insistência nesse jogo sem ganhador. Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 15/10/2010
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