CALAM-SE OS POETAS
Silencia o poeta, Chora silenciosamente a poesia, Os poemas desfolham e o vento os leva, Calam-se todos os cânticos e as alegrias. Calma, isso não é verdade, Só brincadeirinha de um poeta menino, Supondo um apocalipse imaginário, Para curar soluço dos amantes. Nada silenciará o poeta, No desamor ele grita versos, Na noite ela diz das estrelas, Na chuva vangloria o corpo molhado Se existe tristeza ele escreve um arco-íris, Na despedida valoriza o lenço, canta a dor, Na alegria seus versos dizem da vida, Mesmo na morte ele busca algum valor. Não cala nas tempestades, Grita a desigualdade, Explora a esperança, Desdenha a saudade. Nada silencia o poeta, Mesmo no silêncio não emudece, Nos pensamentos que vagam, Existe a voz muda dos seus versos imaginários. Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 11/07/2010
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