IRREVERÊNCIA
Quero gargalhar do tempo, Que não me dá tempo, Para pensar nos dias. Vou vangloriar o tempo que roubei, E que me dei de luxo e ousadia, De gastá-lo à toa sem importar às horas. E contando estrelas na noite pura, Irreverente ao tempo que passa, E que faço que nem vejo, ignoro, Fazendo caso da sua pressa. Sou menino que brinca, Alheio ao tempo e ao brinquedo, Vagando no futuro, sem tempo pra voltar. Sou a rede estendida, Esperando um corpo, Uma mente solta, Um ser sem pressa, Para espreguiçar a vida. Sou irreverente ao tempo, Servil dos dias que passam, Que se demoram na rede, Balançando folhas soltas ao vento, Alheias ao tempo irreverente Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 11/06/2010
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