PREGUIÇA
Nesta ausência natural de versos,
Talvez somente um fastio de motivos, Quiçá pura dormência de sonhos, Quem sabe pura preguiça de viajar. Prefiro olhar a vidraça e avistar o vizinho, Envolvido na lida lenta do seu pensar, E a cadeira preguiçosa que balança e vaga, E eu simplesmente viajo no seu balançar. Prefiro só apreciar o tempo correndo, As horas passando e a vida assim parada, Queria mesmo fechar a gaveta e a cortina, E me esconder no silêncio dos pensamentos.
Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 06/03/2010
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