INTIMA PAZ
Meu travesseiro é meu guia, Que me escuta, com quem pondero. Que me conduz para o norte, Rumo da estrada da minha paz pretendida. As noites bem dormidas são meu farol, Que norteia meu rumo, meus cuidados, Que me aponta o meu porto seguro, Destino da minha buscada paz interior. No porão da minha vida, carrego certezas, Relembro e repenso os mares percorridos, Desde o porto longínquo donde parti, Até o cais distante que espero aportar. Meu travesseiro é meu juiz, E tem sido austero e justo comigo, Bate martelo, ralha, alertando desvios, Então me acalmo e recorro à bússola, Herdada dos princípios dos meus. Carrego paz nos porões de onde navego, Em seu interior, meu interior, E então navego em águas tranqüilas ao redor, Com a certeza de obediência ao meu travesseiro, Que me indica o caminho do dia seguinte, A trilha da pretensa paz exterior.
Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 09/01/2010
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