TRAMELA
Quisera eu ter a ousadia dos amantes fortuitos, Para ousar rompantes inconseqüentes, Para atender os apelos dos meus instintos, A febre que me acalora, sempre que te olho. Ahhh se eu tivesse o destemor dos bravos, Até me encorajaria a dizer que te quero, Que fosse por um dia, por uma noite que fosse, Mas uma noite infinda, tão infinda quanto minhas fantasias. Eta covardia que arde a alma, Que reprime todos os intentos. Só não retém o desejo, Esse sim lateja no peito, no corpo inteiro, Expande, explode, faiscando volúpia e luxúria. Mas não faz mal.......... Ainda existem dias por vir, Quem sabe eles rompam as tramelas, E eu entre porta adentro da tua vida, E você me acolha, e me acarinhe, E me diga, entre um afago e outro, Que todos os meus fantasmas Também eram seus.
Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 19/12/2009
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