PARANÓIA
Entre o justo e o incerto,
Entre o querer e o precisar, Perdido nesses entremeios, Buscando o princípio do começo, Do fio da meada do meu pensar. Buscando na vida a agulha da palha, Querendo entender a outrem por primeiro, Perdoando o que não devo, só por comodidade, Criando o emaranhado da paranóia do eu, Teia da vida das aranhas fastasmagóricas. Paranóia nos versos e por si só, Confusas reflexões dos verbos do poema, Subjetivas conclusões implícitas nos resultados, Equações incertas nessa matemática ilógica, Da cronologia do pensar, só por pensar. Entre o céu e o inferno, Entre o lúcifer e todos os anjos, Entre o absoluto da vida e suas incertezas, Que se percam todos os amores, todo sentimento, Menos os meus - e por mim.
Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 10/12/2009
Alterado em 29/12/2023 |