E A C O E L H O

UM PRETENSO POETA

Textos

V E R E D A S

Caminhei tanto e por tantos caminhos,
Por vezes descansei o ânimo no lazer,
Em braços e corpos que me acolheram,
A quem decantei a lua em versos meus.

Barrancos me hospedaram em tantas noites,
Com o céu pingado de estrelas me encobrindo,
Assim curei tantos porres forjados na boemia,
Para afogar as mágoas dormentes dos desamores.

Enveredei pelo destino dos amantes da vida,
Fazendo do amor o tino e o fito do meu viver,
Disfarçando a labuta em troca da sobrevivência,
Mas ser poeta era a vereda contida nos sonhos.

Fitei constelações e me embebedei de brilho,
Banhei o coração na luz morna das estrelas,
Tanto disse de amor nos meus poemas mudos,
Improvisados e recitados pelo meu pensar.

Até que olhei você vagando na busca de sonhos,
Que eram os mesmos que me seguiam em paralelo,
E enveredamo-nos no estreito caminho só para dois,
Donde assisto e recito estrelas só para lhe encantar.

A lua sempre nos segue e vive a me ditar versos,
Dos quais faço canções para lhe fazer dormir,
Enquanto eu a olho e guardo os seus sonhos,
Para compor em prosa a nossa vida de amanhã.



Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 06/08/2011
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