      |
SEXO E FASCÍNIO
Queria entender o fascínio do sexo, O domínio que exerce sobre nosso senso, Normalmente só dominado e contido pelos medos, Impostos pelos hábitos das convenções civilizadas. Todo homem precisa e se completa na mulher, E a mulher se realiza e se satisfaz no homem, Conseqüência da busca pelo amor propalado, Ou um disfarce civilizado pelos instintos do sexo. Que outro desejo permite tantas fantasias, Que outra vontade alimenta tamanhas ilusões, Que outro sentido desperta tantas emoções, Qual outra necessidade agrega tamanhas sensações. O desejo do sexo é expelido no brilho dos olhos, Nos gestos e trejeitos que o semblante espelha, No cheiro que a carne expele pulverizando hormônios, No toque da pele que seduz e queima em labaredas. Quem não sente o sangue bulir a luxúria, Ao imaginar uma cama, corpos nus e suor escorrendo, A carne penetrando uma a outra e a respiração acelerada, Supor gemidos animais e até gritos de prazer em descontrole. Se como pecado é entendido, que pecado seja a luz do dia, Que seja pecado da luxúria aos olhos abertos da consciência, Mas que não o seja, mesmo que libertino e condenável, Às sombras das paredes ou cobertos pela noite e pelos lençóis. Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 23/11/2010
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
|
Site do Escritor criado por
Recanto das Letras